CNSD comemora 72 anos de vida

Em 2020, o Colégio Nossa Senhora das Dores comemora seus 72 anos de vida e história. Simbolicamente, o dia de sua Padroeira – 15 de setembro – é o referencial para as comemorações, em todos os anos. Nos primeiros tempos, o nome do Colégio e até mesmo o endereço inicial eram distintos. Contudo, sempre estiveram à frente dos trabalhos as Irmãs Escolares de Nossa Senhora (IENS), que chegaram ao bairro da Casa Verde no início dos anos 1940. Conheça um pouco mais dessa história e comemore conosco mais um ano de vida institucional!

Chegada e primeiros tempos

As Irmãs Escolares de Nossa Senhora chegaram a São Paulo em 1942, iniciando o Externato Imaculada Conceição, no Bairro da Casa Verde, à rua Saguairu, 742. O bairro da Casa Verde era periferia de São Paulo e a ponte sobre o Rio Tietê, ligando o bairro ao centro, era de madeira e de uma só mão. Havia um semáforo permitindo passar os veículos que se dirigiam ao centro, depois, do centro ao bairro, alternadamente.

O Externato Imaculada Conceição progredia com rapidez. As Irmãs já previam que, em pouco tempo, não comportaria os alunos porque não havia possibilidade de se expandir fisicamente. Conta-se que o zeloso pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, Pe. Antônio D’Ângelo, fitara os olhos naquele lugar parecido com sertão, no alto de uma subida barrenta onde existia uma linda casinha rodeada de grande e viçoso pomar, aos cuidados de um casal idoso, e, profeticamente, teria dito: “Tenho certeza de que neste terreno se erguerá um grande colégio!”

Vista de bonde durante travessia da ponte velha do bairro da Casa Verde, em São Paulo (SP).


Local

A Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora adquiriu o tal terreno do Sr. Bittencourt. Era uma área de 3.600 metros quadrados, tendo uma casa ainda em boas condições com entrada pela Rua Morro do S, 11, hoje, Rua Relíquia, 691. Embora fosse um negócio de ocasião, as Irmãs não possuíam o dinheiro necessário e fizeram um empréstimo das IENS norte-americanas no valor de US$ 10.000,00.

O terreno adquirido para se construir o Externato Nossa Senhora das Dores era praticamente uma pequena chácara com muitos caquizeiros, jabuticabeiras e alguns abacateiros. Alguns anos mais tarde as Irmãs compraram outros lotes pequenos, adjacentes.

A casa que existia no terreno comprado em 1948, na atual Rua Relíquia.

À frente da empreitada estava a Ir. M. Danielis Reichel que, formando comunidade com as Irmãs M. Adelmara (Bárbara) Zimmermann, M. de Fátima Machado e M. Teresa de Jesus Elorza, abriu as portas do Externato Nossa Senhora das Dores, em fevereiro de 1948, para 120 alunos, de ambos os sexos, distribuídos em três salas de 1º ano, uma de 2º e Jardim da Infância. Para o ano de 1949 as matrículas eram em número de 375 e, em 1950, o total de matrículas alcançou 455 alunos.

Parte dos alunos em 1948.


Ginásio

Para o ano letivo de 1952, a Ir. M. Callistina Grepmair assumiu a direção do Externato Nossa Senhora das Dores com vistas ao início do Curso Ginasial. Nesse mesmo ano foram lançados os fundamentos e se começou a construção do Ginásio Nossa Senhora das Dores e, em 1953, se iniciavam as aulas, só para meninas. Também o ginásio teve muitas matrículas. Ao mesmo tempo, a construção ia progredindo, o que permitia já abrigar os alunos do Curso Primário. Com isso passou-se a ter apenas dois períodos de aula com mais horas de duração. As Irmãs que estavam à frente da instituição, Ir. Callistina e Ir. Cleofa tinham grandes planos e, já em 1956, começava a Escola Normal Particular Nossa Senhora das Dores com uma classe Pré-normal com 11 alunas.


Estrutura

O conjunto de edificações que hoje abriga o Colégio Nossa Senhora das Dores foi tomando forma – em etapas – ao longo das décadas de 1950 e 1960. Somente em 1965 encerrou-se a construção do atual prédio, com a inauguração de nossa capela.

Aspectos das obras em fotos de 1954.


As aulas

No primeiro ano de funcionamento as professoras eram somente Irmãs ou moças que se preparavam para serem irmãs. Já em 1949 foi admitida a primeira professora leiga, Dona Eugênia. No decorrer do tempo, muitas outras professoras foram contratadas e, quando o Ginásio se tornou misto, já tivemos professor do sexo masculino.

A educação era concebida e praticada como um trabalho que atingia o ser humano integralmente. Isto é a herança dos fundadores: não só ministrar conhecimentos, mas formar o caráter e a vontade do aluno. E como tudo isso se traduzia no dia a dia escolar? O ensino era sistemático e exigente; a boa caligrafia era ponto de honra; praticava-se expressão escrita e oral através de redações, concursos, declamação, teatro e desenho; a música era desenvolvida através de hinos religiosos, recreativos e cívicos; todas as classes recebiam aula de trabalhos manuais (bordado, trabalho em madeira e couro etc.).


No coração das pessoas, sempre!

Fachada da Rua Relíquia e os alunos no desfile de 25 anos, em 1973.

Desde a sua fundação, o CNSD acolheu, em seu coração, milhares de alunos que, durante sua trajetória educacional, receberam valiosos fundamentos éticos, morais e cristãos sobre os quais alicerçaram sua vida pessoal, familiar e profissional. Hoje, o CNSD é referência na Zona Norte paulistana, quando o tema é educação de qualidade, pautada em valores cristãos. Seus 72 anos de existência fazem do colégio um grande ícone do bairro da Casa Verde, representando uma significativa parcela da história e da memória do bairro e de sua gente.

Equipe do CNSD em fevereiro de 2020.

 

Veja mais fotos e vídeos na sessão Memória.

Participe da missa online em comemoração à data clicando aqui ou na imagem abaixo.