Fundadora da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora

Em 20 de junho de 1797, na pequena cidade de Stadtamhof, em Regensburg, ao norte da Baviera, Alemanha, nascia Maria Teresa de Jesus Gerhardinger. Cresceu em meio a valores cristãos e dedicou toda a sua vida a um ideal educacional que hoje compartilhamos.

Em 24 de outubro de 1833, em Neunburg vorm Wald, Baviera, Alemanha, Maria Teresa de Jesus fundou a Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora. Seu coração ardia em espírito generoso, sem conhecer fronteiras entre povos e países. Sacrifícios e dificuldades não atemorizavam seu coração confiante em Deus.

Madre Teresa aspirava à unidade de todos em Deus e, assim, fundamentou a Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora na Eucaristia, consagrando-a a Maria no espírito de simplicidade.

A intercessão de Madre Teresa junto a todos nós sempre esteve presente. Em 9 de maio de 1985, foi promulgado pelo Papa João Paulo II o decreto que reconhecia um milagre ocorrido no sul do Brasil, em 1973, por sua intercessão. A graça recaiu sobre um paciente em estado terminal em um hospital da cidade de Criciúma/SC.

A partir daí, muitos recorreram a Madre Teresa e, em 17 de novembro de 1985, a Igreja passou a considerá-la digna de ser imitada e invocada como intercessora junto a Deus. Sua beatificação coroou de bênçãos todos aqueles que, pela fé, continuaram a recorrer a ela.

O reconhecimento pelas obras de Madre Teresa cresceu e, em 3 de setembro de 1998, o Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Arte da Baviera, Alemanha, prestou-lhe uma homenagem pelo notável trabalho educacional realizado, conferindo-lhe um lugar na Galeria da Fama, a Walhalla, ao lado do busto de Albert Einstein e de outros 187 ilustres líderes da humanidade.

A concepção de educação de Madre Teresa e sua prática transformadora trouxeram — e continuam trazendo — a esperança de um novo tempo, repercutindo decisivamente nos sistemas educacionais não só da Baviera, mas de toda a Europa e também da América do Norte e do Sul, da Ásia, Oceania e África.

A semente plantada por Madre Teresa produz incontáveis frutos em todo o mundo. Hoje, 28 países se apoiam nas concepções de educação nascidas de seu ideal, pautado na excelência humana e acadêmica, na esperança, na transformação e na conscientização das pessoas para construir um mundo mais humano e mais justo.

Cerimônia de beatificação foi realizada na Basílica de São Pedro, em Roma, em 17/11/1985.

BEATIFICAÇÃO DE MARIA TERESA DE JESUS GERHARDINGER

Por Irmã Carol Marie Wildt, IENS
(“News for You”, novembro de 2005)

Em 17 de novembro de 1985, concluiu-se um percurso de seis décadas de pesquisas, avaliações e intenso trabalho, quando o Papa João Paulo II declarou Maria Teresa de Jesus Gerhardinger bem-aventurada. À semelhança do modo de vida de Madre Teresa, a causa de sua beatificação avançou lentamente, enfrentando dificuldades e desapontamentos. Contudo, a proclamação assegurou aos fiéis que sua vida de virtude heroica estava profundamente enraizada em Deus e que o florescimento da congregação por ela fundada continuava a ser animado por seu espírito.

Logo após sua morte, em 9 de maio de 1879, iniciou-se a busca por sua intercessão. Em 1920, a Organização Católica Feminina de Amberg manifestou o desejo de que Madre Teresa fosse beatificada. Durante a peregrinação do Ano Santo a Roma, em 1925, apresentou seu pedido ao Papa Pio XI. No ano anterior, a congregação havia solicitado ao Cardeal Michael Faulhaber, de Munique, que desse início ao processo. A permissão foi concedida, e os trabalhos começaram em 1925.

Entre 1925 e 1929, todas as cartas, anotações e demais escritos de Madre Teresa foram reunidos, copiados literalmente e autenticados. Os 42 volumes resultantes, com peso total de cerca de 59 quilos, foram apresentados à Congregação dos Ritos. Dos 272 testemunhos vivos, 98 foram selecionados para depor perante o tribunal eclesiástico, entre 1929 e 1932. Foram produzidas seis mil páginas de atas, em alemão e italiano, lavradas, seladas e enviadas à Congregação dos Ritos. Foi ainda necessária uma investigação complementar para assegurar que não havia ocorrido veneração pública a Madre Teresa. Em 1933, todos os documentos exigidos estavam prontos e seus escritos foram declarados teológica e moralmente satisfatórios.

O falecimento do postulador e a eclosão da Segunda Guerra Mundial retardaram os avanços. Em 11 de julho de 1952, o Papa Pio XII assinou o decreto que autorizava o início do procedimento para comprovar que Madre Teresa praticara virtudes heroicas. Trinta anos de análise culminaram no decreto de 13 de janeiro de 1983, declarando que Madre Teresa viveu de forma heroica as virtudes da fé, esperança, caridade, prudência, justiça, fortaleza e temperança.

A última fase envolveu a investigação sobre a cura milagrosa da Irmã Tecla Medeiros, IENS, do Brasil, que se encontrava em estado terminal devido a um câncer. Em 9 de maio de 1985, o Papa João Paulo II assinou o decreto que declarou milagrosa a cura. Seis meses depois, Madre Teresa foi proclamada bem-aventurada, na liturgia de beatificação realizada na Basílica de São Pedro.

O Comitê de Planejamento da Beatificação foi composto pelas Irmãs Helena Arns, de Porto Alegre; Erharda Bauer, da Baviera; e Henriette Hoene, de St. Louis. Elas coordenaram as celebrações de cinco dias em Roma, que reuniram cerca de 900 Irmãs Escolares de Nossa Senhora, estudantes, leigos e amigos do clero. Em todo o mundo, as IENS celebraram este dia especial junto de familiares e amigos.

Vinte anos depois, a Bem-aventurada Teresa continua a inspirar suas filhas a buscar a unidade da congregação e a expressar cuidado especial pelas mulheres e pelos pobres. Conservamos vivo o zelo da Bem-aventurada Teresa pela transformação do mundo, sua devoção à Eucaristia e sua dedicação a Maria.

Fonte: Ir. Barbara Brumleve e Ir. Marjorie Myers, IENS, “The Cause of Mother Theresa of Jesus Gerhardinger: A Resource Book”, Resource Publication nº 6, 1984; Ir. Marie Michelle Walsh, “Beatification” – folheto, 1985.

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