Professor Márcio Soares: quase 40 anos de história no CNSD

Com quase quatro décadas de dedicação ao Colégio Nossa Senhora das Dores, o professor Márcio Soares é uma das figuras mais marcantes da história recente da escola. Sua atuação como educador ultrapassa a sala de aula e os espaços esportivos, influenciando gerações de alunos e famílias com seu compromisso, entusiasmo e profundo vínculo com a missão educativa do CNSD. 


Um encontro que virou caminho

A trajetória de Márcio no CNSD teve início em julho de 1986, durante as férias escolares, quando foi contratado por indicação de uma aluna à então coordenadora Maria de Lourdes Rangheti, posteriormente diretora do Colégio. Desde o primeiro dia, a relação com a escola foi marcada por afeto e identificação com os valores da instituição.

Embora tenha cogitado seguir carreira na Medicina, foi a fala inspiradora de um colega universitário sobre a importância da Educação Física para o bem-estar físico e mental das pessoas que o levou a escolher o caminho da educação. A escolha, como ele mesmo diz, foi movida pelo encantamento com a missão de cuidar da saúde integral dos indivíduos — algo que se alinhava perfeitamente à proposta formativa do CNSD. 

Transformações e permanências

Ao chegar ao Colégio, Márcio encontrou uma estrutura física muito diferente da que se vê hoje. Mas o que mais o marcou ao longo dos anos foi a transformação da Educação Física dentro da escola. Segundo ele, o CNSD passou a se destacar na área esportiva, ganhando brilho com a valorização das práticas corporais e o desenvolvimento dos Jogos Internos — as tradicionais Olimpíadas do Colégio Nossa Senhora das Dores.

Sua prática pedagógica também acompanhou essas transformações. Sempre buscando atualização, ele se especializou em Educação Física Escolar, Ginástica Geral e Psicomotricidade. Com o tempo, ele percebeu que sua habilidade não estava só no trabalho com os pequenos, mas com os jovens, também, com quem sempre construiu relações de confiança e alegria.

Mesmo após tantos anos, ele continua motivado a estar presente no CNSD, especialmente pelo carinho que desenvolveu com as Irmãs Escolares de Nossa Senhora e por reconhecer no Colégio um espaço que valoriza o trabalho do professor, tanto no aspecto material quanto pessoal. 

 

Educação Física, família e comunidade

Ao longo de quase 40 anos de atuação, o professor Márcio viu gerações inteiras passarem pelos espaços do Colégio. “É um prazer estar acompanhando essas famílias até hoje”, afirma com orgulho. Seu envolvimento vai além da Educação Física: ele participou ativamente da construção de um ambiente de pertencimento, onde os vínculos se fortalecem com o tempo.

O professor Márcio testemunhou as mudanças no comportamento dos alunos com relação ao esporte. “As crianças das décadas de 1980 e 1990 se envolviam muito mais”, observa, mas reconhece que cada geração traz suas próprias características. Entre os muitos alunos que passaram por ele, alguns seguiram a mesma profissão, e um em especial — conhecido como Tuco — destacou-se no futsal.

Para ele, o mais importante na Educação Física é poder proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para a formação integral e, nesse aspecto, valoriza o apoio que sempre recebeu do CNSD. 

Tradições que constroem memórias

Márcio viveu intensamente os momentos mais simbólicos da vida escolar. Ele recorda com carinho das Olimpíadas realizadas nas ruas Xiró e Iataí, quando a comunidade local se mobilizava em torno da abertura dos Jogos Internos. Com o apoio do DETRAN para o fechamento das vias, esses eventos se transformavam em verdadeiras festas do esporte e da integração.

As festas juninas também ocupam um lugar especial em sua memória. Presente em todas ao longo dos anos, ele destaca o papel dessas celebrações na aproximação entre alunos, ex-alunos, famílias e a escola. Entre as muitas histórias curiosas, ele relembra com bom humor uma apresentação em que alunos surpreenderam a todos entrando no arraial com uma Kombi, parte coreografada da dança.

Hoje, o professor Márcio se reconhece como um educador experiente e seguro, ciente de sua contribuição para a formação de tantas gerações de estudantes. Ao olhar para sua trajetória, ele a define como uma verdadeira construção de vida profissional dentro do CNSD. E deixa uma mensagem aos que passaram por suas aulas: “Que a formação acadêmica dos alunos no CNSD seja para toda a vida.”